segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

DO ROCK PARA O ACALANTO: RITA LEE APRESENTOU SEU FILHO BETO LEE NO ANO DE 1977

QUEM: .......... Rita Lee
O QUE: .......... Picurucha é tão bonitinho (e risonho) que Rita Lee já está pensando em ter um batalhão de filhos. Por causa dele até sua música mudou de ritmo. Do rock para o acalanto
QUANDO: .....  1977
ONDE: ........... Revista Fatos e Fotos Gente
EDITORA: ..... Abril

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

RITA LEE & GILBERTO GIL ESSE ENCONTRO VIROU FESTA. ALIÁS, REFESTANÇA (1977)

QUEM: .......... Rita Lee e Gilberto Gil
O QUE: .......... Esse encontro virou festa. Aliás, Refestança
QUANDO: ..... Novembro de 1977
ONDE: ........... Revista Pop
EDITORA: ..... Abril

O QUE HÁ POR TRÁS DO SOM DE RITA LEE (1978)


CANTORA: .......... Rita Lee
BANDA:..........Tutti-Frutti
O QUE: .......... O que há por trás do som de Rita Lee
QUANDO: ..... Julho de 1978
ONDE: ........... Revista Música
EDITORA: ..... Imprima

A LINDA FESTA INFANTO-JUVENIL DE MISS RITA LEE (1978)

CANTORA: .......... Rita Lee
BANDA:..........Tutti-Frutti
O QUE: .......... A linda festa infanto-juvenil de Miss Rita Lee
QUANDO: ..... Julho de 1978
ONDE: ........... Revista Música
EDITORA: ..... Imprima

RITA LEE REFESTANÇA, O PÉ FRIO DE GILBERTO GIL (MATÉRIA 1977)

RITA LEE REFESTANÇA O PÉ FRIO DE GILBERTO GIL
O baiano Gilberto Passos Gil Moreira, ao se formar em Admistração de Empresas pela Universidade da Bahia, em 1964, fez duas opções sérias em sua vida. Trocou Salvador por São Paulo e passou a se dedicar à música popular brasileira. O sucesso chegou rápido porém lhe custou alguns  dissabores. Desde o Tropicalismo suas posições artísticas e existenciais provocaram grandes debates. Por motivos políticos viveu algo tempo como exilado em Londres, quando reconheceu ter experimentado LSD  mas  negou ter criado dependência. Praticou macrobiótica durante cinco anos, abandonando-a “para não se tornar um fanático”. Em 75, iniciou com Refazenda  o que definiu ser ”uma volta  à simplicidade”. No ano seguinte participou do supergrupo Os doces Bárbaros, sendo preso em Florianópolis por posse de alguns cigarros de maconha. Seu julgamento teve repercussão nacional e, na época Gil declarou “não ter problemas de culpa”. Condenado a um ano de prisão, teve sua pena transformada em internamento em clinica especializada. Após o tratamento participou do Festival da Arte Negra da Nigéria, como convidado oficial do governo daquele país.  Na volta começa a enfatizar em seu trabalho os elementos afro. Nos últimos meses seu trabalho artístico foi colocado em segundo plano pela imprensa, passando-se a discutir suas posições ou omissões políticas. Em 11 de dezembro do ano passado , esteve detido algumas horas em Belém, acusado de ter dito que a Censura “não estava com nada”. Em junho deste ano, sofreu pressões dos universitários de Salvador  que o acusaram de conformista. Nesta ocasião Gil explicou: “Por não saber o que acontece nos bastidores políticos, não posso opinar se sou a favor ou contra o presidente Geisel”.
O JEITINHO BRASILEIRO NÃO FUNCIONOU
O show Refestança  interrompido aos 55 minutos em conseqüência da queda parcial do cenário, é, praticamente, o maior exemplo de como não utilizar o Maracanãzinho  para espetáculos musicais. Este ginásio é reconhecido como um dos espaços mais difíceis para uma distribuição equilibrada de som. No sábado fatídico, Refa-Frutti e Tutti-Vela juntos, somando um quase recorde de seis mil watts de som, padeceram o mal do “jeitinho brasileiro”, Foram obrigados a viabilizar um som, em meia hora, num estádio que exige, pelo menos, dois dias de teste. No entanto, os técnicos de som (brasileiros) que acompanha Gil e Lee não foram culpados. Tanto que nos dez minutos que precederam o esfarinhamento do cenário, o som alcançou o nível internacional quando Gil cantava Ovelha Negra. (É importante lembrar que na apresentação do conjunto inglês Genesis os gringos fizeram um som tecnicamente perfeito naquele mesmo local.) Quando a proposta do show, tudo correu bem. O objetivo é mostrar uma festa de dois artistas que, trabalhando com processos diferentes – (Gil improvisa, é músico de estrada e Rita Lee é artista que ensaia e reensaia  cada canção)- procuram apresentar  suas afinidades conceituais, comemorando os dez anos de aniversario de Domingo no Parque (Gilberto Gil/1967), quando pela primeira vez  tocaram juntos provando que a música brasileira admite o berimbau  e a mais sofisticada tecnologia, simultaneamente. (Alfredo Herkenhoff e Paulo Macedo)
A BARRA PESA MAIS RITA LEE AGÜENTA  
Apesar de ter nascido em São Paulo, há 29 anos , Rita Lee Jones sempre teve o rock entre as suas raízes. Filha de mãe italiana e pai americano (descendente de índios), aos 12 anos ia ouvir Bill Halley e Elvis Presley na casa das amigas, pois a mãe pretendia torná-la freira. Formou, com Arnaldo Baptista, o conjunto Os Mutantes, que se tornou conhecido ao acompanhar Gilberto Gil em Domingo no Parque, uma das músicas detonadoras do movimento tropicalista. Casou-se com Arnaldo, desquitando-se ao abandonar o conjunto, em 1972 “foi tudo ao mesmo tempo: saí do Mutantes, saí do Arnaldo, saí da minha família, saí de tudo. Achei que devia aprender mais, na música, e não conseguia viver dentro do sistema da família. “Sua carreira individual elevou-a rapinadamente à condição de primeira dama do rock brasileiro. Acompanhada pela banda Tutti-Frutti, Rita colocou diversas músicas nas paradas de sucesso: Mamãe Natureza, Ovelha Negra e Arrombou a Festa são as mais conhecidas. Sua carreira sofreria um sério contratempo, entretanto, no dia 24 de agosto do ano passado, quando a policia paulista encontrou alguns cigarros de maconha em sua casa. Rita grávida de três meses, alegou que eles deveriam pertencer a algum amigo, pois devido ao seu estado  renunciara ao uso de qualquer substância  que prejudicasse a saúde do filho, embora não negasse ter experimentando a droga anteriormente. Condenada a um ano de reclusão e ao pagamento de 50 salários mínimos de multa, passou 15 dias em cela comum, em companhia de mais 9 detentas.
Depois teve sua pena transformada em prisão domiciliar, e recebeu autorização judicial para voltar a se apresentar. Seu filho Roberto Lee, nasceu no dia 22 de março de 1977, pesando 2,990 gramas, de cesariana, realizada no hospital Albert Einstein, em são Paulo. O pai é Roberto Afonso de Carvalho, 24 anos, guitarrista e pianista, ex-acompanhante dos Secos & Molhados e de Ney Matogrosso. Ainda em janeiro deste ano , Rita desligou-se de sua empresária Mônica Lisboa, e pretendia montar com Roberto um esquema empresarial de autogestão. Sobre as acusações da critica conservadora que considera Rita Lee fora da realidade brasileira, mas eu quero apenas divertir o povo porque também existe a festa. Não é só se preocupar com seqüestros , essas coisas... Não tenho posição política, nuca tive. A minha é tocar pra criançada. Sou irresponsável ou melhor, só tenho responsabilidade de me mostrar. Gosto muito de criança porque criança não tem opinião formada, Graças a Deus!”

Em todas as fases da sua vida os problemas pintaram, mas Rita Lee faz questão de refazer a festa.


Reportagem de Paulo Macedo, Alfredo Herkenhoff e Paulo Simões
Fotos de Ricardo Belief, Marcos Vinicius e o globo.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A VOLTA DE RITA LEE DEPOIS DA PRISÃO EM 1976 - NUM EMBALO DE FUMAÇA COLORIDA COM FORÇA TOTAL. OITO MIL PESSOAS

DEPOIS DE LIBERTADA RITA LEE VOLTOU AOS PALCOS, NUM EMBALO DE FUMAÇA COLORIDA COM FORÇA TOTAL. OITO MIL PESSOAS CURTIRAM O SEU SOM. E TODOS ENTRARAM NA DANÇA
Um pouco de perplexidade da prisão parece ter marcado a volta de Rita Lee aos palcos. Pelo menos no traje. Depois de passar 10 dias numa cela de presídio feminino de São Paulo, a cantora se apresentou num uniforme estilizado de presidiária, diante de oito mil pessoas que lotavam a sede social da Sociedade Esportiva Palmeiras. E além de seu habitual grito de guerra –  o rock –  ela cantou (ao som do conjunto Tutti-Frutti) até música caipira. Em todas acompanhada por um coro alucinado (e alucinante) da platéia.
Aos 28 anos, grávida de quatro meses, desquitada de Arnaldo (do conjunto Os Mutantes), condenada a um ano de prisão domiciliar por uso de tóxico, em meio a uma longa tensão, a cantora (morando com os pais) descobre algumas coisas essenciais e redescobre outras.
Entre elas, a força que emana do povo. (durante o show ela agradeceu várias vezes à multidão pela força que lhe eram.)
- Como você se sente , nessa situação e grávida?
“Não sei o que seria de minha cuca se não fosse o baby. Ele me deu uma força incrível. Segurou todas as pontas. Quando eu estava na prisão, eu o sentia como a dizer:  agüenta a barra,  agüenta ... E realmente eu agüentei. Só cheguei a mim desesperar  quando precisei de uns medicamentos. Tenho problemas com a gravidez, aquela coisa de não segurar o baby, saca? Então precisei de uma injeção, que faz parte do tratamento pré-natal, e como a injeção demorava, eu me desesperei.”
-Você recebeu manifestações de solidariedade?
“Na minha cela havia mais nove mulheres, presas por outros motivos. Elas entenderam a minha situação e foram maravilhosas. Sempre que podiam, me pediam para cantar Ovelha Negra. Cantei o que pude. E escrevi coisas. Dessa experiência, e da solidariedade recebida, vão aparecer muitas coisas em meu trabalho. No natal volto à prisão, a fim de fazer um show para as detentas. As manifestações de solidariedade vêm de todos os lados. Diariamente pinta um bando de crianças lá em casa só pra me ver pela janela, de relance. Fico contente, pois sempre curti muito criança.”
-Quais os prejuízos que a prisão lhe trouxe?
“É difícil calcular. A interrupção da temporada me custou cerca de 150 mil cruzeiros. Os advogados também me custaram mais ou menos isso. O que significa que estou tremendamente dura, endividada. Mas até nisso recebo solidariedade. Em meu show não recebi nenhum pedido de ingresso de cortesia. Em vez disso eles foram descolar 40 paus  pra me ver no Palmeiras. Isso me conforta, é legal saber...”
-Com a publicidade seus discos não venderam mais?
“Nunca venderam tanto em tão pouco tempo. Na semana passada, chegaram vender 50 mil. Acontece que cancelamos nossa temporada pelo país. Íamos sair com o show Entradas e Bandeiras  de Norte a Sul. Agora, não vai da mais pé. A justiça alega que não tem pessoal  que possa  nos acompanhar, nos vigiando, sabe como? Então fomos obrigados a suspender tudo.”
-E o pessoal que foi preso com você?
“Monica Lisboa, nossa empresária, foi absolvida. Judy  Espencer , tal como aconteceu com o Gil, está em tratamento. Stone nosso divulgador, também está com prisão domiciliar. Não estamos na chamada prisão-albergue porque parece que elas  estão lotadas, aqui em São Paulo.”
-Você acha que as recentes detenções de pessoas famosas – Gil, Susana Gonçalves, vocês- acusados de usarem ou portarem tóxicos, seriam coincidência ou se trata de uma estratégia policial que, em última análise, visaria reunir os famosos para dar um exemplo?
“prefiro não responder” Rita olha para os lados, procura localizar alguma coisa, mexe com os cabelos, deixa de sorrir).
Como você se viu nesse show?
“Estava louca de saudade das pessoas, com vontade de vê-las, tocá-las, cantar para elas. E elas também, ver se engordei, se o baby está legal, como está o meu som. Fiquei desesperada para voltar ao trabalho. Minha terapia é tocar, sabe? Quando sentir dores, lá na prisão, tocava sem parar. Jamais vou parar de tocar.”
-Ultimamente você foi intitulada rainha do rock brasileiro. Que acha do titulo e/ou da faixa?
“meu trono por uma rede. Mas também achei um negócio estranho. E digo que quem quiser sentar  no trono ou na rede, tudo bem. Não é meu não, e nem tenho esse tipo de pretensão.”
-Como você define o seu som atual?
“É difícil definir. E mesmo que fosse possível, acho que não conseguiria. Eu não defino nada. A minha música não se apega a nenhuma forma, a nenhum método, a nenhuma filosofia. É o meu dia-a-dia. Ela sai de dentro pra fora e de fora pra dentro. Tudo me influencia. E quando tenho opiniões, dou essas opiniões. Acho que, de vez em quando, falo por uma porção de gente.”
Porque depois de Celly campelo, rainha da década passada, só pintou você fazendo rock?
“Não sei, é muito complexo. Eu tive uma escola diferente. Fiquei muito tempo com Os Mutantes e aprendi coisas que não se aprende facilmente. Aquela coisa de ligar guitarra, puxar fio, adaptar sons, montar shows, estudar luzes, roupas, fazer letras. A barra de vez em quando pesa, principalmente na aquisição de material eletrônico. Talvez por isso não tenha aparecido  outro intérprete de rock. Mas nunca pensei nisso.”
-Pode-se falar em rock brasileiro?
“O rock que faço, com apito, cuíca e chocalhos em cima de instrumentos eletrônicos é rock brasileiro não? Mas a gente faz isso há muito tempo, desde os tempos dos festivais de música, com Gilberto Gil. Nós cometíamos esse desacato. Hoje, o Martinho da Vila toca samba com guitarra elétrica. Acho que o rock é um som universal. Por isso, prefiro dizer que faço música. Já fiz até tango. Numa boa.”
E o chamado rock brasileiro que se ouve por ai? Esse que o pessoal diz letras em inglês sem saber o que significa...
“Olha, pra mim é tão importante som quanto a letra. Acredito que o som, sozinho, possa contagiar. Pelo menos era assim no começo do rock. Hoje não. A letra tem importância fundamental. É nela, por exemplo, que eu me digo. Quando faço um show eu gravo um disco, sempre alerto: ouçam a letra, me ouçam!”
Em quanto vai curtindo sua prisão domiciliar (só pode sair no período das 7 ás 19 horas) na casa de seus pais, em companhia de seus três gatos maracajás (espécie de jaguatiricas), Rita Lee espera pelo melhor: o nascimento de seu baby. Será o primeiro neto da família. Ás outras duas irmãs da cantora -  mais velhas e casadas há mais tempo – não tem filhos. A futura criança é filha de Rita com o musico de nome Roberto. “É preciso dar sobrenome?”






Reportagem de Nello Pedra Gandara
Fotos de Kiyoshi Yamada
Revista fatos e fotos gente 1976





quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

DISCO BABILÔNIA - RITA LEE & TUTTI-FRUTTI 1978

Lançado no final dos anos 70, este álbum reproduz em seu repertória a fase áurea da artista no Tutti Frutti. Também considerado por muitos como o último disco puramente de rock de Rita Lee & Tutti-Frutti. Depois do lançamento de “Babilônia” a banda se desfez. O nome "Tutti Frutti" foi registrado por um dos integrantes, que queria obrigar a saída de outro.
Rita reformulou a banda e colocou na estrada o show “Rita Lee & Cães e Gatos”, nome dado devido às brigas internas durante os ensaios. Rita Lee deu  sua última investida ao lado da banda Tutti-Frutti, a rainha do Rock, manteve o alto nível de produção dos outros álbuns e ainda deixou dois grandes clássicos para o rock brasileiro “Miss Brasil 2000” e “Jardins Da Babilônia”.Esse show deu origem a um dos primeiros álbuns piratas do Brasil, hoje, artigo de colecionador.
 As faixas que ficaram nas paradas foram "Miss Brasil 2000", "Eu E Meu Gato" que na época foi tema de abertura da novela, "O Pulo do Gato" e "Agora É Moda" também tema da novela "Dancin'Days". Considerando também a faixa “Sem Cerimônia”, música que Rita apresentava em shows do Tutti-Frutti, inclusive no primeiro Hollywood Rock do Brasil no ano de 1975. Teve toda a influência de uma roqueira, que marcaria para sempre a história do rock nacional.

FAIXAS

LADO A


1. Miss Brasil 2000
2. Disco Voador
3. Agora É Moda
4. Jardins Da Babilônia


LADO B

1. O Futuro Me Absolve
2. Sem Cerimônia
3. Que Loucura
4. Eu E Meu Gato
5. Modinha