RITA LEE ESTÁ DE VOLTA COM ENTRADAS E BANDEIRAS
“Procuro criar em meus shows um clima de fantasias. Quando a turma gosta, eu também gosto. E o público canta e dança comigo.”
Sob o clima frenético dos adeptos do rock Rita Lee lançou o seu mais recente LP - Entradas e Bandeiras – durante a inauguração do Dancing Days, na primeira semana de agosto. “Entradas e Bandeira é o resultado do aprendizado e da vivência durante o setenta shows que fizemos por todo o Brasil. Em cada era um povo, um costume, um grupo, tudo diferente. Do somatório desses dados colhemos informações para um novo trabalho. O fato de chegarmos de repente, com nove toneladas de equipamento de som em Belém do Pará – por exemplo – era uma entrada mesmo. Era uma troca. Trocávamos a tecnologia pela calma deles. Esse trabalho levado a todos os lugares, mostrando O Fruto Proibido (Show anterior de Rita Lee e seu grupo Tutti-Frutti com o LP do mesmo nome) e que teve como conseqüência Entradas e Bandeiras, foi iniciado em julho de 75 para só ficar pronto em junho deste ano.”
Para Rita Lee, o Fruto Proibido foi uma proposta enquanto Entradas e Bandeiras é a chegada. “A temática de minhas musicas é o dia-a-dia, o que sabemos do mundo, do Brasil e de tudo que vivemos. Não tem preocupação filosófica, cultural nem outra qualquer. E as mensagens são aquelas que as pessoas queiram tirar. É livre, sem opiniões. A respeito do rock que muita gente costuma dizer que é inconseqüente, minha opinião é de que ele representa todos os ritmos. Não tem fronteiras. Não é preciso entendê-lo”.
Durante suas apresentações, Rita se preocupa muito com o visual. Sua figura alta e magra com o auxilio de roupas de colorido sempre berrante, ela é toda movimento sob as luzes também muito coloridas.
“O ato de pisar no palco, pra mim, é sempre uma festa. É como receber aquela gente toda e dizer-lhes ‘tudo bem, divirtam-se’. Tento criar um clima mágico, de fantasias. E, quando sinto que agradei, a alegria maior fica comigo.”
Reportagem de Valdir Moura de Souza
Foto de Sergio de Souza
Disseram que o palco não é mais aquele lugar
Mas do jeito que a gente me olha de frente
Como eu vou parar?
Pois eu sou corista num grupo de rock
Que tem pra valer
Um ponto de vista que não se limita
De ser ou não ser
Prefiro ser os dois
Não venha me dizer do meu compromisso
Com isso ou aquilo
Se o que a gente quer
Não deixa de ser um belo motivo
Pra se festejar de modo indiscreto
O que vai nascer
E todas as estórias
Que o mundo imagina pra sobreviver
Prefiro não saber
O que eu era ou sou por enquanto
É tudo aquilo que eu digo e canto
Com um pouco de espanto
Num palco ou num canto
Mas do jeito que a gente me olha de frente
Como eu vou parar?
Pois eu sou corista num grupo de rock
Que tem pra valer
Um ponto de vista que não se limita
De ser ou não ser
Prefiro ser os dois
Não venha me dizer do meu compromisso
Com isso ou aquilo
Se o que a gente quer
Não deixa de ser um belo motivo
Pra se festejar de modo indiscreto
O que vai nascer
E todas as estórias
Que o mundo imagina pra sobreviver
Prefiro não saber
O que eu era ou sou por enquanto
É tudo aquilo que eu digo e canto
Com um pouco de espanto
Num palco ou num canto
Olá, sou estudante de história e pesquiso principalmente a relação de gênero. Esse album tem LADY BABEL, essa música refere-se também ao movimento feminista que estava se fortalecendo na década de 70?
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