segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

LP VINIL CILIBRINAS DO ÉDEN


LP de Rita Lee surge em edição não-autorizada
Durante o decorrer do ano de 1973, a gravadora Philips promoveu o famoso Phono 73 com shows ao vivo com todos os contratados da gravadora na época. Rita Lee, acompanhada de Lucia Turnbull, apareceu pela primeira vez após sua saída dos Mutantes com o titulo da dupla ''Cilibrinas do Éden''. Algum tempo depois, as Cilibrinas e o grupo Tutti-Frutti entraram no estúdios da Philips para gravar um álbum, que não se sabe se foi gravado em fins de 1973 ou inicio de 1974. O fato é que o álbum ficou pronto e a gravadora simplesmente não lançou! Em seu lugar, Mazolla (o produtor) foi chamado para lapidar o álbum, reaproveitado apenas a musica ''mamãe natureza'' que foi totalmente regravada deixando as outras nos velhos tapes da gravadora abandonados até este lançamento do LP!


Desta vez não teve quem segurasse. Impedido duas vezes de vir à luz, aquele que seria o LP de estreia de Rita Lee fora dos Mutantes ganha sua primeira prensagem 35 anos depois de ter sido gravado. A edição é histórica, caprichada, limitada. E pirata.

São apenas mil cópias numeradas 500 em CD, outras tantas em luxuoso vinil de 180 gramas. Tudo é inventado: a ilustração psicodélica da capa, o selo "original" da Philips, a quantidade e a ordem das faixas. Chegaram ao preciosismo de reproduzir o número do CGC da gravadora na contracapa.
Até o título do álbum foi trocado. Se tivesse sido lançado quando nasceu, em 1973, ele se chamaria "Tutti-Frutti". Na versão pirata, virou "Cilibrinas do Éden" --nome da dupla que Rita montara com a cantora Lucia Turnbull quando se desligou dos Mutantes, um ano antes de registrar essas faixas.
"Tutti-Frutti" foi gravado ao vivo em dezembro de 1973, no estúdio Eldorado, em São Paulo, sob os olhos de uma pequena plateia. "Foi o primeiro disco que o Liminha produziu", lembra o baixista Lee Marcucci. "A gente era muito novo, estava cheio de gás. Dá para ouvir isso na música que a gente fazia."
"Eu estava louca para ser parte de outra banda, meu negócio não era ser 'front stage'", diz Rita, que na época somava 26 anos. "Preferia que a Lucia fizesse os solos de voz e de guitarra para eu ficar lá atrás só nos 'shubirú dau dau' e nos poucos instrumentos que consegui recuperar dos Mutantes. Tudo o que eu queria era pertencer a uma gangue, dividir a grana igualmente entre todos, dividir as parcerias mesmo que ninguém mais tivesse composto nada."
André Midani, então diretor da gravadora, queria transformar Rita numa estrela e não gostou dessa política coletiva. Interditou o trabalho antes de ele ir à fábrica. "Tutti-Frutti" (nome que batizou também a banda de apoio de Rita Lee) caiu no buraco negro dos porões da gravadora e só foi redescoberto no final dos anos 90 --conforme noticiado pela Folha na ocasião.
Direitos
Uma edição "oficial" chegou aos limites de ser lançada, sob os cuidados do pesquisador Marcelo Froes. "Infelizmente, um dos membros não topou o valor e pleiteou que o disco seria um trabalho de banda, e não um disco solo de Rita Lee, e que os royalties artísticos deveriam ser rateados. Rita não concordou e o assunto ficou enterrado", ele lamenta.
Cilibrinas do Éden - Rita Lee,e Tutti-Frutti.
Durante o correr do ano de 1973, a gravadora Philips promoveu o famoso Phono 73 com shows ao vivo com todos os contratados da gravadora na época. Rita Lee, acompanhada de Lucia Turnbull, apareceu pela primeira vez após sua saída dos mutantes com o titulo da dupla “Cilibrinas do Éden”. Algum tempo depois (isso não foi escrito em nenhum livro sobre a ela), as Cilibrinas e o grupo Tutti-Frutti entraram no estúdios da Philips para gravar um álbum, que não se sabe se foi gravado em fins de 1973 ou inicio de 1974. O fato é que o álbum ficou pronto e a gravadora simplesmente não lançou! Em seu lugar, Mazolla (o produtor) foi chamado para lapidar o álbum, reaproveitado apenas a musica “mamãe natureza” que foi totalmente regravada deixando as outras nos velhos tapes da gravadora abandonados até hoje!

CAPA PARA CD


Faixas:
01 - Mamãe Natureza
02 - E Você Ainda Duvida
03 - Minha Fama de Mau
04 - Gente Fina É Outra Coisa
05 - Paixão Da Minha Existência Atribulada
06 - Festival Divino
07 - Bad Trip (Ainda Bem)
08 - Nessas Alturas Dos Acontecimentos
09 - Vamos Voltar Ao Princípio Porque Lá é o Fim
10 - Cilibrinas Do Éden


ATENÇÃO COLECIONADORES:


EDIÇÃO IMPORTADA E LIMITADA DE 500 EXEMPLARES. GRAVADO EM 1973 E NUNCA LANÇADO NO BRASIL.

1 Cilibrinas do Éden - Uma viagem sonora com sussurros, teremim, risos, suspiros, sinetas e frases como "Eu não vi, eu não creio". Improvisos e influências do LSD marcam a música, uma das que foram gravadas num palco de teatro, com uma pequena platéia de amigos e técnicos de som. Dá até para ouvir alguns aplausos no final.

2 "Festival divino" - Cheia de cordas e bastante melancólica, conta a história de um paraíso em que bichos falam, o deus é cabeludo e vive tocando sua viola. O inferno, por sua vez, tem pessoas de ternos e de cabelos curtos. A abertura da canção, aliás, é um dos registros mais puros e belos da voz de Rita.

3 "Bad trip" (Ainda bem) - Uma das melhores do disco. Foi dela que surgiu "Shangrilá" (do mesmo álbum de "Lança perfume", de 1980). O começo, aliás, é praticamente o mesmo: "De repente eu me vejo/ Amarelada, bodeada, sem ninguém/ Nessas horas aparece a preguiça/ A vontade de sumir... de vez". A partir daí, entretanto, Rita revela versos bem mais pesados ("Que medo/ Que grilo/ Que bode/ Bad trip"). No final, para enganar a censura, ela repete a frase "Tive vontade, sim, de dar um tiro na cabeça". Mas, para fechar a canção, canta apenas "Tive vontade, sim, de dar...".

4 "Vamos voltar ao princípio porque lá é o fim" - Outra no esquema viagem total. Rita canta em dueto com Lúcia Turnbull: "Quero ouvir as trombetas chamando por mim".

5 "Paixão da minha existência atribulada" - "Sinto você/ Nesse meu violão/ Toco sua música/ Com minha mão/ Me apaixonei por você e por mim!", cantam Rita e Lúcia nesse rock acústico.

6 "Gente fina é outra coisa" - Rita é uma das compositoras mais censuradas na época da ditadura militar. Essa música é um exemplo. A roqueira canta sobre os valores impostos pela sociedade da época: "Não vá se misturar/ Com esses meninos cabeludos que só pensam em tocar/ E você escuta o papai dizendo/ Que gente fina é outra coisa... Hoje mesmo te vi/ pensei que fosse seu pai/ Não, não, não, mas que decepção/ Eu fiquei triste de ver/ A sua vida começando pelo lado errado". E os censores não perdoaram: "Na letra em exame, uma jovem insurge-se contra o pátrio-poder, ao tentar persuadir um amigo a desacreditar de seu pai para juntar-se a um grupo juvenil de comportamento duvidoso", assinala o censor José do Carmo Andrade num documento de 30 de agosto de 1973. Ele afirma ainda que "a mensagem é negativa e induz aos maus costumes". Em outra tentativa de liberação, datada de novembro de 73, a letra de Rita é barrada novamente: "Apresenta conotação anárquica... sua liberação poderia acarretar uma desagregação social e familiar, de consequências negativas". Em 1977, Rita reaproveitou a música e fez uma letra nova para ela, que foi gravada com o título de "Locomotivas" para a novela de mesmo nome da TV Globo.

7 "Nessas alturas dos acontecimentos" - Rock pesado de Rita em parceria com o Tutti Frutti. Ela canta: "Periga até pintar um disco/ Tudo pode acontecer/ Você vai ver/ E quem fica parado é poste/ Eu quero é me locomover". Essa música, aliás, apareceu numa coletânea obscura que a Polygram colocou no mercado em 1981, só com músicas dos três primeiros discos dela, chamada "Os grandes sucessos de Ritta Lee" (assim, com dois Ts mesmo, como ela chegou a assinar no co9 "Minha fama de mau" - Regravação acelerada do sucesso de Erasmo Carlos, a quem Rita chama de pai do rock meço da carreira).
8 "E você ainda duvida" - Outra composição só de Rita, um hino ao rock, nos mesmos moldes de outros que a ruiva viria a fazer mais tarde (Como "Esse tal de roquenrol", de 1975, e "Orra meu", de 1980). O final tem versos de "Tutti frutti", de Little Richard. Essa faixa chegou a ser lançada oficialmente num disco do primeiro festival Hollywood Rock, de 1975. O álbum, que contava com músicas dos artistas que participaram do festival (como Rita, Raul Seixas e Erasmo Carlos) era para ser ao vivo. Mas acabou se tornando uma enganação: as gravações não tiveram qualidade e a gravadora simplesmente pegou músicas de estúdio dos artistas que fizeram o show e colocou aplausos no final.
Termina com uma citação de "A hard day's night", dos Beatles.
10 "Mamãe natureza" - Primeira versão do clássico de Rita, com guitarras ainda mais marcadas e vocais mais "sujos".
As Cilibrinas do Éden foi o nome escolhido para um efêmero conjunto musical formado por Rita Lee e Lúcia Turnbull . Essa banda acabou sendo o embrião do Tutti Frutti, que a acompanhou em seus maiores sucessos.Durante o ano de 1973, a gravadora Philips promoveu o famoso Phono 73 com shows ao vivo com todos os contratados da gravadora na época. Rita Lee apareceu pela primeira vez após sua saída dos mutantes. Um dos mais raros discos do rock brasileiro ganha uma reedição especial. Trata-se do inédito álbum das Cilibrinas do Éden. O disco traz canções raras de Rita Lee. Editado por iniciativa de um "grupo de fãs europeus", o disco chegas às lojas especializadas da rede neste próximo dia
25.

O lançamento é do selo Nosmokerecords. No disco estão as músicas 'E você ainda duvida, 'Mamãe natureza', 'Bad trip/Ainda bem', 'Nessas alturas dos acontecimentos' e'Gente fina é outra coisa', entre outras. A reedição de apenas 500 cópias é no formato vinil e também em mini-cd. Além das músicas das Cilibrinas do Éden.


fonte: agência "o globo" - 14/04/2008


RITA LEE e LÚCIA TURNBULL LP VINIL AS CILIBRINAS DO ÉDEN
FORMATO: LP 12''
CAPA/DISCO: M-/M-
SELO: PHILIPS
PAÍS: N/C
NOTAS:  ÚNICA EDIÇÃO DESTE LP E COM 180 GRAMAS. NUMERADO À MÃO.
FORAM LANÇADAS APENAS 500 CÓPIAS NO MUNDO. AS MÚSICAS SÃO DE 1973.

2 comentários:

  1. Tem alguma foto dessa numeração à mão no disco das Cilibrinas? Porque o meu é exatamente igual a este das fotos, e não vejo a tal numeração à mão citada no texto. Obrigada.

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    1. É balela esse negócio de edição numerada limitada a 500. E existem ao menos 4 edições diferentes em vinil - todos são piratas feitos por brasileiros, conversa mole esta coisa de ter saído na Europa etc - a última é uma azul que traz duas faixas da Phono 73 no lugar das duas bônus de outras edições de vinil (Hoje é o primeiro dia e Mande um abraço).

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